O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou mais de US$ 6 bilhões em instrumentos financeiros durante a primeira semana da COP30, com a meta de ampliar investimentos verdes, reduzir riscos e atrair capital privado para projetos sustentáveis. Segundo o presidente Ilan Goldfajn, governos e empresas avançam na direção correta, embora haja preocupação com a velocidade das metas climáticas. Entre as medidas, destacam-se o hedge cambial de até US$ 3,4 bilhões em parceria com o Banco Central do Brasil, voltado a reduzir a volatilidade do câmbio em investimentos sustentáveis; o financiamento de US$ 1 bilhão via BNDES para micro, pequenas e médias empresas atuantes na Amazônia, Cerrado, Caatinga e Pantanal especialmente em bioeconomia, agricultura sustentável e energia renovável, sendo 75% destinado à Amazônia, e outros US$ 1 bilhão para cidades amazônicas, focado em segurança hídrica, energia limpa e infraestrutura urbana resiliente.

Também foram anunciados US$ 800 milhões adicionais em crédito para energia limpa em parceria com Dinamarca, Noruega e Suécia; um cofinanciamento de US$ 324 milhões com a AFD para instalar cabos submarinos de fibra óptica no Maranhão e Pará, com potencial de beneficiar 15 milhões de pessoas e criar um data center regional; e a primeira garantia multilateral de restauração florestal no Brasil, de US$ 15 milhões, para a concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (PA), com vigência de 20 anos e possibilidade de replicação. O pacote inclui ainda o lançamento da plataforma PTAP para acelerar a transmissão de energia na América Latina, com apoio de 15 milhões de euros da Alemanha, e uma carta de intenções para viabilizar um aporte de R$ 2,7 bilhões (US$ 500 milhões) ao Fundo Clima.