CSC

Mercado de Trabalho

Devido à natureza interdisciplinar do campo de conhecimento em Relações Internacionais, o mercado de trabalho do graduado não obedece ao mesmo padrão de carreiras tradicionais como Engenharia e Direito, por exemplo. Durante a sua formação acadêmica o aluno desenvolve capacidades crítico-reflexivas objetivando a aquisição de competências e habilidades na solução de problemas de natureza internacional em suas dimensões econômica, social, política, cultural, ambiental, bélico-estratégica etc. Isto lhe permite investigar, analisar, tomar decisões e atuar em um amplo espectro de questões que vão desde o fenômeno da guerra e a resolução de conflitos até a projeção de empresas no mercado internacional, além de exercer atividades no âmbito da cooperação internacional – em suas modalidades técnica, cultural, financeira e econômica –, captação de recursos, intercâmbios internacionais etc., sem nos esquecermos daquelas relacionadas ao estudo e pesquisa dos fenômenos internacionais em nível acadêmico.  O campo de trabalho é amplo e diversificado e a formação interdisciplinar permite ao graduado um leque também diversificado de oportunidades profissionais.

A emergência de um mercado não mais restrito às fronteiras nacionais e a crescente interdependência entre os agentes econômicos, levou as empresas a se preocuparem com a concorrência não mais no âmbito local ou regional, mas a ampliarem suas áreas de atuação para além do mercado nacional.  Isto favoreceu a absorção do graduado em Relações Internacionais pela iniciativa privada, sendo requisitado por empresas nacionais e transnacionais, organizações financeiras, associações de classe empresariais, câmaras de comércio e associações setoriais para atuar na intersecção entre os mercados nacional e internacional. O Bacharel em Relações Internacionais está apto para realizar sondagens de mercado, efetuar diagnósticos e cenários e analisar as oportunidades de inserção internacional de empresas, bem como negociar e efetivar acordos internacionais em áreas e segmentos específicos.

Do ponto de vista do Estado a empregabilidade vai além do ingresso tradicional na carreira diplomática. A Política Externa continua exclusiva do Governo Central e dos órgãos de Relações Exteriores, mas o novo cenário de interdependência  internacional e a emergência de problemas globais que ultrapassam as fronteiras nacionais levou diferentes setores estatais – ministérios, secretarias, superintendências, empresas estatais e mistas – bem como estados e municípios a se projetarem internacionalmente na captação de recursos e de investimentos, realização de acordos de cooperação internacional, trocas de experiências e de boas práticas etc. Isto abriu novas oportunidades de trabalho para o Bacharel em Relações Internacionais como analistas e assessores em ministérios, agências de governo, secretarias municipais e estaduais, consulados e outras representações estrangeiras.

Ainda no âmbito estatal novas oportunidades de trabalho emergem na área de Segurança e Defesa Nacional. A formação de redes internacionais de atividades ilícitas como o crime organizado internacional – tráfico transfronteiriço de drogas, de armas, de pessoas, de órgãos etc. – e o terrorismo global obrigam os Estados a estabelecerem estratégias transnacionais de cooperação para a sua prevenção e combate. Embora um mercado de trabalho incipiente no Brasil, Bacharéis em Relações Internacionais vem sendo contratados pelo Estado como analistas e formuladores de estratégias de prevenção e combate à essa modalidade de atividades ilícitas, principalmente no que se refere à cooperação internacional entre os países diretamente atingidos por esses problemas.

Uma outra oportunidade de trabalho são as Organizações Não-governamentais (ONGs). O ativismo internacional em áreas como de desenvolvimento e sustentabilidade, combate à pobreza e aos problemas ambientais, mediação em zonas de tensão e de conflito, atuação em áreas de desastres e catástrofes naturais, intercâmbio cultural, defesa dos direitos humanos e de minorias etc., demanda analistas internacionais para atuarem na captação de recursos e na formulação de estratégias de cooperação internacional. Podem, ainda, atuar diretamente em zonas de tensão e de conflito, por exemplo, como mediadores na resolução de conflitos.

Por fim, as instituições e organizações internacionais – como o Sistema das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Organização Mundial do Comércio etc. –  e os Blocos de Integração Regional – como o MERCOSUL, a União Europeia, ASEAN, Nafta, UNASUL etc. – oferecem uma gama diversificada de trabalho que vai da mediação e resolução de conflitos, negociações até a formulação de acordos e tratados internacionais. O Bacharel em Relações Internacionais pode atuar nas representações nacionais destas organizações no Brasil ou em outros países do mundo, como, também, diretamente em suas sedes internacionais.

O que o Bacharel em Relações Internacionais deve se convencer é que a sua atuação profissional não se restringe ao local aonde reside ou ao seu país de origem. O mercado de trabalho para o graduado é o mundo todo e para isto ele deve se desenraizar nacionalmente e se preparar para a diversidade e a riqueza da experiência humana em qualquer lugar do globo. Tem de se convencer que pode estar, hoje, no Brasil, tratando da inserção internacional de uma empresa e, amanhã, lidando com os efeitos do aquecimento global em Tuvalu - pequeno país da Polinésia, na Oceania, ameaçado de extinção devido à subida do nível dos mares.

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